2 de Novembro de 2017
A seca no Algarve
À semelhança da situação de seca em que se encontra atualmente todo o país, nos anos de 1874/75, a região do Algarve sofreu uma longa seca com graves consequências para a economia da região e para as gentes algarvias que dependiam da agricultura para a sua sobrevivência.
Tornando-se necessária a intervenção governamental, foram tomadas medidas para minimizar os efeitos da catástrofe, tendo sido ordenado, por decreto governamental, que o Governador Civil do Distrito de Faro, José Beires, procedesse à recolha de informações sobre os prejuízos causados pela seca, assim como de propostas para solucionar os problemas resultantes da estiagem.
O Governador visitou todas as sedes dos concelhos e a maioria das freguesias da região, reunindo-se com autoridades locais, recolhendo diferentes tipos de informações, de onde resultou um relatório sobre a real conjuntura económica e social do Algarve.
Dos vários documentos existentes, recolhemos do livro copiador de correspondência do Governo Civil (1875-1877), uma carta dirigida à Repartição Geral das Contribuições Diretas, do Ministério da Fazenda, datada de 29 de novembro de 1875, onde é proposto pelo Governador a prorrogação dos prazos para o pagamento de impostos, como consequência da calamidade extraordinária que assolou a província.
Ref.ª: PT/ADFAR/ACD/GCFAR/E/002/0046
Fonte: Cabrita, Aurélio Nuno (jun. 2017). “As passinhas do Algarve na seca de 1875 ou o retrato social e económico da região”. Sul Informação. [consult. 2017/10/24]. Disponível em: http://www.sulinformacao.pt/2017/06/as-passinhas-do-algarve-na-seca-de-1875-ou-o-retrato-social-e-economico-da-regiao/