5 de Fevereiro de 2019
António Aleixo (1899-1949)
O Arquivo Distrital de Faro destaca, como documento do mês, o registo de batismo de um dos mais conhecidos poetas populares algarvios.
António Fernandes Aleixo nasceu às 4h da manhã, do dia 18 de fevereiro de 1899, na freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, filho de José Fernandes Aleixo, natural de Loulé, tecelão e de Isabel Maria Casimiro, natural de Vila Real de Santo António, doméstica, tendo sido batizado a 24 de Junho de 1899, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Encarnação de Vila Real de Santo António (fls. 50v e 51, Reg. 114).
Pessoa simples e humilde, autodidata, de personalidade vincada e forte intelecto, refletiria nos seus versos, as diversas realidades da vida e da sociedade do seu tempo, demostrando um grande poder de observação e de sentido crítico.
Exerceu diferentes profissões (tecelão, pastor, guarda da polícia cívica, servente de pedreiro), tendo estado emigrado em França alguns anos. Regressado a Portugal, estabeleceu-se em Loulé, dedicando-se à venda de cautelas e a cantar os seus poemas pelas feiras, o que lhe renderia a alcunha de “poeta-cauteleiro”.
De saúde precária, viria a falecer em Loulé, a 16 de novembro 1949, aos 50 anos, vítima de tuberculose.
“Quando em mim penso com calma
E me compreendo melhor
Bem merecia que a minha alma
Tivesse um corpo maior.”