6 de Março de 2019
Maria Keil do Amaral
O Arquivo Distrital de Faro assinala mais uma vez o Dia Internacional da Mulher que se celebra a 8 de março, relembrando desta vez, Maria Keil do Amaral, artista plástica e grande defensora dos direitos da Mulher, através da divulgação do seu registo de nascimento.
Maria Pires da Silva Keil do Amaral nasceu em Silves, a 9 de agosto de 1914, filha de Francisco da Silva Pires, negociante, e de Maria José Silva, doméstica, ambos naturais de Estômbar, concelho de Lagoa, residentes na Rua Elias Garcia, em Silves. Aos quinze anos de idade partiu para Lisboa para frequentar a Escola de Belas-Artes.
A sua obra no campo das artes caracteriza-se por uma grande diversidade de técnicas e de meios de expressão, refletindo-se numa grande multiplicidade de áreas de representação artística, nomeadamente, a pintura, o desenho, a ilustração, as artes gráficas, a gravura, a tapeçaria, o mobiliário, a cenografia, entre outros. Escreveu e ilustrou livros para crianças e adultos, mas foi com um inovador trabalho de azulejaria, presente em diversos espaços públicos, de onde se destacam as estações do Metro de Lisboa, que mais se notabilizou.
Em 1989 é-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem Militar de Santiago da Espada, como reconhecimento da sua obra.
Integrou o Conselho Nacional do Movimento Democrático das Mulheres entre os anos de 1977 e 1992, que a agraciou, em 1999, com a Distinção de Honra, sendo ainda a autora do símbolo que ainda hoje identifica o MDM – uma papoila rubra.
Viúva do arquiteto Francisco Keil do Amaral, com quem casara em 1933, veio a falecer a 10 de junho de 2012, aos 97 anos, em Lisboa.
(Reg. nº681, Lv. 2, 1914).