2 de Agosto de 2021
Culatre sur-Mer
De forma a assinalar a recente inscrição da Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes, relativa à Ilha da Culatra, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, por decisão da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), destacamos dois documentos. A crónica batizada por Zé Amaro, inserida da rubrica “Praias e Termas do Algarve”, do Jornal Correio do Sul e um documento do Fundo da Casa dos Pescadores de Olhão.
A Crónica Culatre sur-Mer, publicada no n.º 759, do ano 1931, do Jornal Correio do Sul, descreve o quotidiano da vivência na Ilha da Culatra, onde já se referiam as animações de verão, que precederam as Festas em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes, de cariz religioso, que se supõe terem sido criadas na década de 80, quando a Ilha da Culatra passa a fazer parte integrante da paróquia de Olhão. Nesta Festa, a união da Nossa Senhora dos Navegantes com a Nossa Senhora do Rosário, eram os momentos altos que davam início à viagem de barco com as gentes em cortejo pelo Ria Formosa até à dita Ilha.
Nesta Ilha da Culatra, reside uma importante comunidade de Pescadores, sendo também sua a responsabilidade da consolidação desta Festa tradicional. Neste contexto, é de assinalar a génese deste povoamento destacando o documento do fundo da Casa dos Pescadores de Olhão, onde, no ponto 2, se pode perceber a discussão sobre a construção de um Bairro dos Pescadores para “1000 almas” na Ilha da Culatra. Nesta resenha dos assuntos a apresentar na reunião do Exmo. Senhor Almirante Presidente da Junta Central, com os Presidentes das Casas dos Pescadores, redigida a 22 de abril de 1963, podemos encontrar uma pequena descrição de quem vivia na “aldeola”, assim como os materiais de construção das ditas “casas”.
Venha descobrir mais, na Sala de Leitura do ADFAR.
Correio do Sul. Faro, 6 de Setembro de 1931. Culatre sur-Mer n.º 759.
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/ADFAR/BIB/HMT-001/019/0003
COTA ANTIGA: CPOLH/mç. 745
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/ADFAR/ASS/CPOLH/001/0011