Pesca do Atum
A passagem de várias espécies de atum pelo litoral algarvio nas suas migrações entre o Atlântico e o Mediterrâneo, de ocidente para oriente, de Maio a Junho (atum de direito) e, em sentido contrário, em Agosto e Setembro (atum de revés), a morfologia costeira e o clima ameno, permitiram o desenvolvimento desta atividade piscatória que assumiu, ao longo dos séculos, grande importância na economia e na vida das populações da costa algarvia.
A pesca do atum entrou em declínio a partir dos anos 60 do séc. XX, não só por questões de rentabilidade económica, mas também, e sobretudo, devido à escassez desta espécie, acabando por se extinguir a arte, na década seguinte.
Da variada e vasta documentação existente no ADFAR relativa a este tema, destacam-se:
Fundo da Companhia de Pescarias do Algarve (1816-1999)
Composto por documentação diversa como por exemplo: registos de atividades, livros de caixa, atas das sessões, diários da cooperativa do pessoal, inventários, diários de pesca, livros memoriais, boletins de movimento dos navios, venda diária de peixe, estatísticas do pescado de arrasto, legislação sobre pesca, entrada e saída de mercadoria, associações.
Biblioteca e Hemeroteca do ADFAR
Almanaque do Algarve. Lisboa: Almanaque Alentejano, 1942.
Barca do atum [desd.]. Armando Reis Moura. Olhão: Parque Natural da Ria Formosa, [s. d.].
Boletim da Pesca. Lisboa: Grémios dos Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau da Sardinha e do Arrasto, 1943.
A Pesca do atum esse desconhecido. António de Sousa Pontes. Lisboa: “Atividades Económicas”, 1956.
A Pesca do atum: história e tecnologia: novos processos a ensaiar. J. Garcia. Lisboa: La Bácarre, 1898.
Um século de história da Companhia de Pescarias do Algarve: elementos para o estudo da pesca do atum no Algarve e da sua evolução histórico-jurídica. António Miguel Galvão. Faro: Companhia de Pescarias do Algarve, 3ª ed., 2008.